Transcrições Consanguíneas é uma aparição de corpo sonoro, Panamby lê textos autorais ao microfone enquanto Filipe Espindola transcreve fragmentos da fala em suas costas utilizando uma máquina de tatuar sem tinta. No processo de escarificar, as palavras brotam sanguíneas no tecido vivo e geram um novo texto a partir do exercício da escuta em meio à verborragia e cacofonia. Simultaneamente, Panamby produz camadas e texturas sonoras a partir da voz, looping, da captação do som da máquina de tatuar na pele através de microfones de contato DIY conectados ao corpo, e áudios de parentes de Panamby: Maria do Carmo, José Manoel e Rita Maria. Como um importante aspecto de presença, o som é fio condutor de toda a ação.
Panamby e Filipe Espindola
Desde 2009 a dupla transita entre as artes do corpo, artes visuais e arte sonora.
Panamby é artista interdisciplinar formado em Artes do Corpo pela PUC-SP (2009), mestre e doutore em Artes pelo PPGARTES-UERJ (2013/2017).
Filipe é artista visual e performer formado em Artes Visuais pela UNICAMP (1999).
Participaram de diversos coletivos, mostras e exposições nacionais e internacionais, com trabalhos coletivos e criações individuais em diversas linguagens.
Ficha técnica
Aparição, criação e som
Panamby
Aparição e escarificação
Filipe Espindola
Operação de vídeo
Feliz Trovoada
Captação de imagem ao vivo
Feliz Trovoada
Produção executiva e administração Luiza Alves, Dani Correia e Paula Malfatti
Direção de produção
Marisa Riccitelli Sant’ana e Rachel Brumana
Gestão e produção
Associação SÙ de Cultura e Educação