Texto
Escrita a partir de um acontecimento na vida do artista Francis Bacon (1909/1992) e seu namorado George Dyer, o performer pretende submeter seu público à experiência de sentir um ser idolatrado se transformar em um Monstro. O sentimento de admiração e aversão colocados em confronto.
A performance Eu Sou um Monstro apresenta um personagem ficcional num gesto radical em nome de seus desejos artísticos. Da mesma forma Fause, propõe uma experiência diferente. Desprovido de qualquer ferramenta, Fause se propõe a criar uma experiência teatral a partir do vazio. Como se sua exposição e toda a sua obra não bastasse, “O Artista” personagem de nossa ficção, coloca uma camada performática, sobre o grande evento, que seguia um formato capitalista e mercadológico.
“Quando eu realizei uma obra que não poderia ser comprada ou vendida, eu voltei novamente a assumir o controle dela.”
Dramaturgia
O texto é repleto de descrições imagéticas, oferecendo elementos para que o pacto- fantasia se estabeleça. São descritos objetos, cômodos e seus estados, humores, sons. O público é convidado a assistir uma apresentação itinerante pela estrutura teatral além da caixa cênica, num espaço expositivo onde habitualmente não é um espetáculo o produto cultural de fruição mais evidente.
Neste espetáculo-solo, Haten constrói na imaginação da plateia um evento cuja história é inspirada no fato real vivido pelo artista plástico irlandês Francis Bacon (1909 – 1992): em 1971, na noite em que o Grand Palais de Paris homenageava Bacon com uma retrospectiva de seu trabalho, George Dyer, amante do pintor, comete suicídio. Dyer e Bacon vivem uma conturbada relação que marcou a vida do artista, tendo Dyer como inspiração de obras que alcançaram valores milionários de venda. Em uma criação livre, que não se prende à história de Bacon,
BIO
Fause Haten é um artista reconhecido pela sua trajetória na moda. Desde 2006 abriu seus horizontes para o campo das artes iniciando os estudos em artes cênicas no Teatro Escola Célia Helena onde se formou em 2010. Participou de vários trabalhos como ator das quais destacamos A FEIA LULU (2014) e LILI MARLENE UM ANTI MUSICAL (2017) onde escreveu, dirigiu e atuou. Entrando pela porta do teatro, foi se reconhecendo também como performer e acabou chegando nas artes visuais.
Sua pesquisa, sempre muito relacionada ao corpo, parte do seu próprio como matéria prima principal. O seu ponto de partida é a sua habilidade em fazer imagens e na construção escultórica a partir de tecidos, fios, linhas e pedrarias. O seu ponto de chegada tem sido a construção de uma nova realidade. Suas plataformas de expressão são a performance, vídeo, fotografia, escultura, pintura textil e pintura a óleo.
Ficha Técnica
Fause Haten | Diretor, Ator, Dramaturgo, Figurinista e Cenógrafo
Caetano Vilela | Iluminação
Rodrigo Gava | Designer de som e vídeo
Carol Bucek | Cenário
Carol Fomin | Libras
Cenotécnico| José Da Hora
Carregador | AleDJMoreira
Assessoria de Imprensa | Canal Aberto – Márcia Marques e Daniele Valério
Marisa Riccitelli Sant’ana e Rachel Brumana | Direção de Produção
Dani Correia, Luiza Alves e Paula Malfatti | Produção executiva
Beatriz Falleiros | Assistente de produção
Associação SÙ de Cultura e Educação | Gestão
Serviço
04, 05, 06, 10, 11 e 12 de abril às 21h30
7 e 14 de abril às 18h30
Dias 06 e 12 de abril – sessões com Língua de Sinais (Libras)
Local : área de convivência Sesc Pompéia
Lotação : 30 lugares
Indicação etária : 14 anos
Duração : 50 minutos